quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

LUXURIA

























a



DA LUXÚRIA A DEUS                                   

                 Satsangs e Pesquisas

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Como sair das amarras do ciúme

Do blog de Sri Prem Baba

Entenda melhor como o ciúme rouba sua energia

A primeira coisa a ser compreendida a respeito do ciúme é que ele não tem relação com o outro, apenas com você. Porém, um dos principais truques do ciúme é a distração, que te faz ficar olhando para o outro, atribuindo sua emoção a alguém e te fazendo construir uma história que é repleta de comparações: “eu estou com ciúme de fulano ou ciclano”. A pessoa tomada pelo ciúme se sente menos e, por isso, vai sempre encontrar motivos para reafirmar a sua inferioridade, afinal toda a comparação serve para reafirmar o seu sentimento de inferioridade. O fato é que você pode passar muito tempo distraído com essas novelas a respeito da comparação, fazendo com que toda a sua energia vá embora…

Então, o primeiro insight sobre o ciúme é que ele não tem relação com o outro, apenas com você mesmo. O segundo insight é que ele é filho da luxúria e, portanto, está intimamente ligado à sexualidade. Você tem ciúme dos objetos e pessoas que a luxúria colocou o olhar, algumas presas que ela elegeu para poder exercer domínio, já que ela se alimenta da energia do outro. Quando ela sente que a possibilidade de não ter mais essa fonte de alimento, surge o ciúme. Portanto, o terceiro insight é que o ciúme está associado ao medo da perda e em última análise, à insegurança quanto a sua identidade sexual – se você não confia em você como homem ou mulher, inevitavelmente vai sentir ciúme.
Para entender melhor o ciúme e suas amarras, é preciso compreender a luxúria, já que ele, assim como a sedução e a possessividade, são seus filhos. A luxúria se manifesta quando o ‘eu’ inferior contamina o impulso erótico, fazendo com que você use a energia sexual para ter poder sobre o outro, para transformá-lo em um escravo e satisfazer as suas carências. Isso pode acontecer de uma forma bastante inconsciente. Em algum momento, no decorrer dos ciclos da evolução, a luxúria se emancipa e transforma-se em devoção, te conduzindo ao Senhor. Em algum momento, a entidade humana em evolução se cansa de sofrer começa a buscar respostas do porquê as coisas estão sempre acontecendo dessa forma, criando situações de sofrimento.
Eu tenho ensinado como evoluir no processo de transformação da luxúria aproveitando o relacionamento como material de escola, e compreendendo que a relação é um instrumento poderoso de aprendizado e aferição, que possibilita que você se situe na jornada. Para que você possa tomar consciência de como você está em relação à liberdade observe se você se sente livre e se está podendo deixar o outro livre. A liberdade é um fruto do amor que somente se manifesta quando você pode purificar o sistema dos pontos de ódio e medo, podendo aos poucos, abrir mão desse mecanismo de defesa que é a luxúria. Ao libertar a energia erótica do medo será possível sentir um amor profundo pela vida e pela existência, amor ao qual damos o nome de devoção, que nada mais é do que um florescimento que permite redirecionar a energia sexual para Deus. Mas isso é natural, não se pode forçar acontecer.

“O ciúme está associado ao medo da perda e em última análise,
à insegurança quanto a sua identidade sexual
– se você não confia em você como homem ou mulher,
inevitavelmente vai sentir ciúme.”

Como é que você pode sentir devoção se você está atormentado pelo ciúme? Nesse estado é possível ter vislumbres da devoção, mas não uma devoção firme e constante, porque a luxúria rouba a cena… Você quer direcionar a sua energia para Deus e talvez já possa se colocar nessa direção para manter a devoção acordada, mas quando menos espera, é assaltado novamente pelo ciúme!
Então, antes de mais nada, é preciso reconhecer o ciúme para poder transformá-lo. Se você reconhece que está na escuridão, você acende uma vela e a escuridão desaparece. Se você tentar lutar contra o ciúme não conseguirá vencê-lo porque não é possível vencer a escuridão, já que ela é a ausência da luz e não tem existência própria. O que você pode fazer é aumentar a sua percepção a ponto de perceber a insensatez do ciúme, a ponto de perceber que ele é bobo e não tem sentido.
Talvez, antes de chegar nesse estágio, de ampliar a percepção para tirar a força do ciúme, você tenha que conhecê-lo melhor. Como já disse, ele tem a ver somente com você, por mais que tudo conspire a favor da crença de que o outro é responsável por ele. Lembre-se que isso é uma ilusão, pois ele nasce da sua insegurança, do fato de você não confiar em si mesmo.
É muito natural sentir ciúme se você está vinculado a alguém e essa pessoa resolve ir noutra direção. Especialmente se o outro está sendo canal da luxúria e jogando com você; querendo justamente roubar a sua força e fazer com que você se sinta inferiorizado e impotente. Isso acontece porque você de alguma forma está chamando isso pra si, porque o ciúme precisa dessa energia para continuar vivo.
Vamos supor que o outro esteja indo para outra direção (independentemente de estar fazendo um jogo ou não). É natural que você sinta um esvaziamento da energia, porque ela (a energia do outro) estava com você e foi para outra direção, trazendo desconforto e tristeza ou a dura constatação de que ele não te ama — que não está te priorizando da forma que você esperava. Compreenda isso como uma chance para deixar o outro livre, inclusive para não te amar. Se ele realmente tiver algum sentimento mais profundo por você, irá voltar. Porém, somente se o seu orgulho permitir e, se vocês chegarem a um acordo, será possível retornar.

“Quanto maior o ciúme, maior é o sentimento de impotência que você carrega,
e quanto maior o sentimento de impotência mais claro é
que existem partes do seu Ser trancadas em negação.”

O que eu quero dizer é que existe realmente uma sensação incômoda que surge a partir do esvaziamento da energia que vinha do outro, mas o ciúme pode se apropriar também desse desconforto, porque ele quer continuar vivo e precisa de alimento.
Existem situações em que o ciúme fantasia uma série de coisas para continuar repetindo o drama. Muitas vezes, nada está acontecendo mas ele precisa acreditar que está sendo abandonado, trocado e traído, porque isso lhe dá um senso de identidade.
Então, quanto maior o ciúme, maior é o sentimento de impotência que você carrega, e quanto maior o sentimento de impotência mais claro é que existem partes do seu Ser trancadas em negação. Permita-se conhecer essas partes da sua personalidade; abra-se para o autoconhecimento. Se você já conhece o ciúme e suas raízes, o que está acontecendo é que você não consegue dominar o vício de sentir ciúme (porque ele te vicia em acreditar que está sendo abandonado, trocado e enganado), mas se já tem consciência de que é um vício, o seu trabalho é apenas ampliar a percepção. Amplie a consciência daquele que habita o corpo. Mantenha a presença e, na medida em que a consciência for se expandindo, você vai começando a achar o ciúme estúpido e, aos poucos, você se cansa dele, como uma criança que já brincou bastante com um brinquedo.
Ainda sobre a luxúria é preciso saber que, inevitavelmente, ela está associada ao ódio e à inveja, porque nasce desse sentimento de inferioridade. É por isso que vem a inveja do outro, e inveja até de si mesmo, onde você inveja a parte em você que está começando a despertar e sabota o próprio despertar. Ela é uma maneira de desmerecer o valor do outro, de rebaixá-lo para o mesmo lugar em que você acredita que se encontra. É um impulso de destruir o objeto que você cobiça. Por trás dela está a luxúria, que nada mais é do que uma briga por território, da mesma forma que o macho alfa e a fêmea alfa brigam pelo comando e supremacia do grupo. Se a luxúria tivesse voz – e muitas vezes tem – ela diria coisas como “eu comando”, “eu tenho o poder sobre as mulheres ou sobre os homens.” Em resumo, a entidade quer ser dominante, porque assim ela sente alívio da sua carência e da sua dor.
Esse assunto não é agradável, eu reconheço, mas precisamos caminhar em direção de relacionamentos sem ódio. É possível sexo sem ódio? É possível fazer com que essa energia esteja conectada com o coração? É possível estar com alguém de forma realmente honesta? De fato, com o coração aberto, querendo ver o bem do outro? É possível uma relação de transparência e intimidade? É possível entrar numa relação sem querer fazer do outro um escravo para atender as suas exigências?
Quando você evolui nessa esfera, naturalmente a devoção começa a brotar no seu coração. Mesmo ainda enredado na teia da luxúria, você tem um vislumbre de pura devoção sem que consiga sustentá-la por muito tempo. Você vai vivendo esses altos e baixos, até que, em algum momento, a alquimia se complete.
Eu não posso explicar o desabrochar de uma flor. Eu não posso explicar a devoção, eu posso apenas lhe mostrar. Não tenha pressa. Lembre-se de que o rio corre sozinho. Pouco a pouco, essa alquimia vai acontecendo. Devagar o medo se transforma em confiança, e o ódio em amor. Devagar, você transita do estado de separação e isolamento, para o estado de união. Entenda as situações da vida como oportunidades de crescimento. Esteja aberto para receber o ensinamento que elas trazem. Essa abertura para aprender já é suficiente. Que possamos iluminar a devoção.
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“A luxúria pode ser muito sutil. Quem estiver livre dela que

 atire a primeira pedra. Mas, na verdade, quem está realmente livre dela jamais atira a primeira pedra, porque consegue enxergar a dimensão da dor e sente compaixão. A luxúria bloqueia a capacidade de amar. Então, como posso me harmonizar com essa energia? Porque, independentemente de você estar casado ou escondido em uma caverna, ela estará atuando. Ela naturalmente se move em direção ao coração, pois tem como meta se fundir no amor. Mas, enquanto houver pontos de ódio e medo no seu sistema, será impossível atingir esse objetivo. O primeiro passo a ser dado para se harmonizar com essa energia é olhar para ela e parar de fugir. É preciso estar presente dentro dela, compreendendo quem em você deseja o outro, e o que você quer do outro.”

Sri Prem Baba



Satsang proferido na India, por Prem Baba em 2010

REPRESSÃO – LUXÚRIA – CORAÇÃO PURO

Pergunta: Guru ji, como nós devemos trabalhar com a energia sexual sem cair nos extremos de repressão ou luxuria?

Prem Baba: Ou seja, como caminhar no fio da navalha?

Removendo os véus que cobrem o seu coração e revelando a sua pureza.

Daí surge outra questão: “Você poderia falar um pouco sobre o significado de ter um coração puro?

Todos nós temos? Como tiramos os véus dos nossos corações e brilhamos a sua luz no mundo?”

Essas duas questões estão intimamente relacionadas. Não existe distinção entre repressão e luxuria. A repressão também é uma expressão da luxuria. A luxuria é a utilização da energia sexual com o objetivo de dominação, ou seja, de ter poder sobre o outro. Se você faz isso dentro ou fora é o mesmo. Talvez a questão seja como se libertar desse desejo de fazer do outro um escravo. Como se libertar dessas  camadas e capas que encobrem o seu coração e impedem que a energia sexual flua naturalmente em direção ao coração. Quando a energia sexual encontra o coração, ocorre uma experiência de êxtase muito intensa que te aponta a direção do eterno. É como dissolver-se no oceano, então você teme 
essa experiência tão intensa; você teme se dissolver e por  isso continua sustentando as camadas que impedem que a energia chegue ao coração. Essa energia deve ser direcionada para Deus.

Você deve purificar completamente o seu sistema, principalmente o mental e emocional, o que permite que ocorra uma união perfeita com outro ser. Eu me refiro à união perfeita no mental, emocional e  espiritual. E para que haja essa união é importante que os corpos sejam purificados. 

Quando essa união  é possível, você completa uma fase da iniciação espiritual que eu chamo de “iniciação menor”. Um ciclo  iniciático se completa. Então, é certo dizer que as iniciações menores são a porta para as iniciações  maiores.

A realização em Deus tem um preço e esse preço é a solidão, a transcendência dos apegos aos  objetos que estimulam os sentidos, mas devemos lembrar que a natureza não dá saltos. 

A evolução da  consciência ocorre um chakra após o outro. Eu não te dou essa instrução para que você crie ansiedade a  respeito do próximo passo, mas para que você tenha um mapa e possa se localizar dentro dessa jornada,  para saber onde você se encontra e para onde está indo e, assim, poder se mover passo a passo,  vivendo cada etapa em toda a sua profundidade, aprendendo o que tem que ser aprendido em cada  uma delas. Nessa etapa onde você está buscando a união perfeita se faz necessário desenvolver uma  consciência tântrica. É necessário desenvolver a consciência da espontaneidade, da liberdade e da real  consciência amorosa. Esse encontro perfeito que forma um círculo, onde o dois se une e se torna o um e  a energia sexual se direciona para cima e chega ao coração – o que propicia um vislumbre do samadhi –

precisa ser guiado por um mestre porque é uma experiência muito profunda.

Eu posso antecipar as coisas dizendo que você pode se mover em direção ao outro estando consciente  de que está buscando a sua contraparte. O masculino está buscando integrar o seu feminino. O feminino  está buscando integrar o seu masculino. No momento desse encontro, se você fecha os seus olhos e se  coloca presente, percebendo o que está buscando, você vai descobrir que o que busca está dentro e não  fora de você. Assim você começa a se expandir dentro dessa iniciação. Essa energia começa a se  direcionar para Deus. Mas, antes de chegar nisso, há um caminho a ser percorrido que é justamente o  caminho da purificação dos corpos, como eu mencionei, priorizando o emocional e o mental que fazem  você permanecer estagnado nas crenças, condicionamentos e nos pactos de vingança, ou seja, nas  
projeções. Se você continua nesse estado é muito difícil entrar na consciência tântrica porque não esta  em condições de encontrar a sua contraparte dentro de você. Você não esta pronto para se libertar da  guerra com o masculino ou com o feminino fora de você. Você ainda precisa de um masculino ou um  feminino para humilhar, para espezinhar, machucar, abandonar, rejeitar… E também para ser humilhado,  rejeitado e espezinhado. É por isso eu dou tanta atenção para esse processo de purificação, porque essa  é a base. Como podemos levantar um lindo edifício se não há uma boa fundação? 

Eu vejo muitos  construindo paredes sem alicerces: “vamos praticar tantra”, “vamos praticar o brahmacharya”. Mas, como  isso é possível se o seu coração está cheio de ódio e existe desunião dentro de você? Como é possível  praticar tantra ou brahmacharya se você condena o sexo oposto? É possível sim que o seu guru  determine para você um período de brahmacharya, é possível que ele te prescreva um sadhana dessa  maneira como um remédio para ajudar a conter o seu impulso destrutivo. Mas, isso é só uma estratégia  de cura, pois em algum momento na sua jornada evolutiva, será necessário purificar o seu sistema. 

Você  vai ter que se libertar do ódio contra o sexo oposto; vai precisar se harmonizar com a mãe e o pai dentro  de você para que experiencie a união perfeita entre o masculino e o feminino que acontece tanto fora  como dentro. A partir daí essa energia começa a ser direcionada para Deus; a luxúria começa a se  transformar em devoção. 
Quando o casamento interno acontece e quando o masculino e o feminino se  casam dentro, você deixa de buscar fora.

Como você tira os véus que encobrem o coração puro? O primeiro passo é identificando os véus, as  capas. Se o assunto é relacionamento a dois, identifique dentro de você, o desejo de machucar o outro, o  desejo de ser o dono do outro. Identifique a sua vontade de fazer do outro um escravo que satisfaz todas  as suas exigências e expectativas. Identifique o seu desejo de tirar a liberdade do outro. Por outro lado,  identifique a sua carência, o seu sentimento de impotência que faz você ser tão ciumento e possessivo e  
que faz de você tão inseguro e tantas vezes tirano e cruel; que faz com que você fique mergulhado no  ciclo vicioso do sadomasoquismo. Identifique esses aspectos e continue a autoinvestigação das imagens  que deram origem a esses padrões de comportamento. Identifique as crenças errôneas que existem  dentro de você que sustentam essas ações. 

Permita-se entrar no porão dos sentimentos negados que  dão sustentação para os comportamentos negativos. Tenha coragem de entrar em contato com eles.  Tenha coragem de sentir esses sentimentos até que possa se libertar da dor e reconverter a energia  distorcida e realmente se unir ao outro; permitindo que o feminino e o masculino se encontrem e haja  mesmo uma manifestação da reciprocidade em que os dois corações estejam abertos; para que as duas  correntes de aquiescência se encontrem e para que a energia sexual chegue ao coração. E quando  chegar nesse ponto, você deve levar a energia para Deus, oferecendo-a como um puja e, devagarinho,  você poderá alcançar a experiência da unidade dentro de si mesmo. 

Esse é um fenômeno que acontece  naturalmente, desde que você esteja determinado no seu sadhana porque essa prática já está  direcionando a sua energia para cima. A sua energia que normalmente vai para fora e para baixo, através  do sadhana, começa a ir para dentro e para cima. Para isso você precisa de determinação. Se você se  determina, você consegue. Por isso, independentemente da purificação que   precisa ser feita, continue  firme no seu sadhana porque ele vai ajudá-lo a fazer isso. Uma parte da purificação é cognitiva, ou seja,  precisa passar pelo entendimento, mas tem outra parte que é simplesmente queimada. 

Há padrões que  são simplesmente queimados pela energia kundalinica. Isso acontece naturalmente através do seu  sadhana, quando você está determinado a fazer o seu mantra. A própria graça divina que é derramada  em você, acorda a energia kundalinica e queima determinados padrões. Ela realiza descondicionamentos  de uma forma mágica. De repente tudo está diferente e você nem sabe como. Porque você não domina  isso, é algo que acontece.

Então, meus amados amigos, eu estou aqui apenas para lembrá-los que é possível manifestar o seu  coração de diamante desde que esteja determinado, desde que possa renovar os seus votos a cada  instante. Renovar os votos de purificação e continuar firme no seu propósito de estabelecer a conexão  com o plano divino através do seu sadhana. 

Eu compreendo que, muitas vezes, o seu sadhana se  direciona para a purificação porque você precisa colocar mais energia naquele ponto. Mas, tudo bem,  as vezes é necessário mesmo. As vezes é necessário direcionar toda a sua energia para localizar o  sabotador. Embora o processo de autoinvestigação seja crucial, não é suficiente. Sozinho você não vai  conseguir mudar nenhum padrão. Você precisa da graça divina. Então, por um lado você se dedica a  investigação, identificação e transformação dos aspectos negativos e, por outro lado, se dedica a pratica  do seu mantra, da sua devoção. E, devagarinho você remove as camadas que cobrem o seu coração.

Conforme você vai removendo essas capas, a união vai acontecendo e você experiência a alegria do  encontro, o êxtase da união e naturalmente vai direcionando sua energia para Deus.

Pergunta: No caso de quem está trabalhando para elevar a energia, a ejaculação deve ser vista como  energia que vai para baixo?

Prem Baba: Eu sinto que você deve tomar cuidado com qualquer tipo de controle. Você deve trabalhar  para dissolver as camadas que impedem a sua energia de fluir. Trabalhe para…. (você disse algo como  dedicar tempo para a relação sexual) Devagarinho você vai tirando tempo da sua relação sexual. Você  não tem que chegar a lugar algum, naturalmente isso vai acontecendo. Em algum estágio é possível  usar técnicas que ajudam a evitar a ejaculação, mas tome cuidado para não criar uma ansiedade em  relação a isso. O mais importante de tudo é a espontaneidade. Não existe uma receita que sirva para  todos porque cada um está num estágio. Se eu digo “faça assim” existe uma tendência de você querer  fazer exatamente o que estou dizendo e acabar se formatando num modelo. Mas, não existe um modelo  para todos. Isso é pessoal e intransferível. 

Tem pessoas tão reprimidas que não conseguem nem pensar  em conter a ejaculação. E tem pessoas que são tão indulgentes que precisam achar um jeito de diminuir  esse processo. Para os buscadores mais avançados e estão vivendo uma relação amorosa a minha  sugestão é que eles vivam uma experiência tântrica. Um encontro uma vez por semana é suficiente e, de  preferência que o fogo não esteja muito aceso justamente para evitar a perda de energia e justamente
porque, nesse estágio, não deve haver a ejaculação. 

Aos poucos você vai encontrando o masculino ou o  feminino dentro de você e não vai mais precisar da relação sexual. 

Você vai encontrar a experiência do  êxtase somente na meditação. Existe outro estágio em que você não precisa nem meditar porque está  sempre conectado com Deus, sempre feliz, sempre em comunhão com o divino. 
E ainda assim não é o  fim da evolução.

Vocês perguntaram um dia desses sobre o meu processo. Eu não vejo degraus na minha frente. Não me  vejo subindo uma escada, mas ao mesmo tempo o meu amor não para de crescer, o meu perdão não  para de crescer. Eu sinto que isso é infinito. Eu sinto que a evolução é contínua. Não há um final. Você  está sempre evoluindo, aprendendo mais e mais. Sempre tem uma chance para você amar mais, perdoar  mais.

Aqui tem um público variado e é difícil falar sobre esse assunto porque são necessidades variadas.

Então, eu estou fazendo uma transmissão que atenda a todas as necessidades e aos diferentes estágios  que cada um se encontra. Cada um está num ponto dentro dessa jornada. Cada um tem necessidades  especificas.

Você começa a jornada evolutiva com uma necessidade urgente de se unir ao sexo oposto. É um desejo  ncontrolável, mas devido às impurezas no sistema, você não consegue completar a união que tanto  deseja e a relação sempre é uma relação de amor e ódio. Você quer estar junto, mas ao mesmo tempo  briga, bate, apanha… Aquela situação que todos conhecem. Você rejeita e é rejeitado. Quando o outro  fala sim você fala não. Quando você resolve falar sim o outro já se fechou no inferno e está no poço do  não. Nesse estágio, você está imaturo, perdido no jogo de acusações (“você é o culpado pela minha  infelicidade”) até que começa a se desenvolver e a assumir responsabilidade. Você descobre que, se  está incomodado, não importa a montanha de defeitos do outro, o que importa é o grão de defeito em  você. 

Você começa a identificar o seu desejo de machucar e humilhar. E descobre que está brigando  com o seu passado porque tem raiva da sua mãe e do seu pai que não te amaram exclusivamente.

Então, você reedita a sua ferida infantil na escolha dos relacionamentos e percebe que está escolhendo  justamente para mudar esse passado. Devagarinho você vai identificando suas mágoas e  ressentimentos, vai identificando os seus jogos destrutivos e seus pactos de vingança. Devagarinho você  vai se abrindo para entender a razão das coisas e porque você escolheu esse pai, essa mãe, porque  você nasceu nessa família. Devagar você deixa de querer transformar o outro. Você para de forçar o  outro a te amar e começa a deixá-lo livre, inclusive para não te amar. Se ele te ama ou não, tudo bem. Ai  você começa a querer realmente se unir de uma forma mais inteira porque descondicionou os corpos  emocional e mental. Aos poucos você começa a ter uma união completa e experiência o êxtase desse  encontro e, a partir daí, começa a entrar no êxtase e pensa “porque não posso entrar nesse êxtase  sozinho?”. 

Então, você começa a praticar mais o seu sadhana e começa a se conectar com seu guru. Ai  você começa a entrar em êxtase sem o outro, mas ainda tem um apego ao outro e fica com raiva da  dependência do outro. Então, você começa a querer encontrar a outra pessoa dentro de você e pede  uma orientação do mestre para te guiar nos mistérios do tantra e, assim, começa a encontrar o outro  dentro de você. Quando isso acontece, você completa a iniciação da nona esfera que é o sexo. 

Ai você  está pronto para sair da matrix porque ela começa com sexo e termina com o sexo. Então, você começa  a acessar os mistérios maiores. A partir daí, é sozinho. Você veio sozinho e vai embora sozinho. Mas, na  verdade você não está sozinho porque não se opõe ao outro, nem foge dele. 

Você não se opõe ao sexo.

Você está num trabalho de descondicionamento de todos os objetos que estimulam os seus sentidos.

Você está tirando os seus dois pés da Terra e indo em direção aos planos celestiais. Você entra nas  iniciações maiores e começa um projeto de ascensão. Você termina a sua experiência nesse plano  terrestre. Então, você se dissolve na totalidade ou, se tem um voto de bodhisatva, continua a serviço  trabalhando aqui ou em outro planeta superior, causal ou celestial, mas continua sendo um instrutor da  humanidade. Caso contrário você se dissolve no todo. É assim que funciona nesse plano. 

Toda essa  espiral é uma aula sobre amor consciente. Tudo que eu acabei de descrever é somente uma aula sobre  amor consciente. É assim que eu vejo o processo evolutivo da entidade humana nesse planeta.

Pergunta: E esse modelo de casamento da igreja católica que está gravado no inconsciente coletivo?

Isso não é uma benção, é uma maldição. Ficar junto “até que a morte os separe” é uma coisa perigosa.

As vezes um casal chega para mim pedindo uma benção eu digo “fique junto até que Deus os separe”.

Cada um vai ficar o tempo que tiver que ficar. Enquanto você estiver podendo se revelar para o outro  e puder aprender com o outro, você continua junto, mas as vezes não dá mais para aprender, o  aprendizado foi interrompido. As vezes o outro completou o aprendizado e deixou de projetar em você e  você se tornou uma irmã para ele, mas você continua querendo ser amante dele… Essa relação não vai  dar certo. É melhor separar. Fique junto até que Deus os separe.

Pergunta: Em relação ao que você acabou de descrever, todo o ser humano vai passar por isso?

Prem Baba: Todos passam por isso, mas devemos levar em consideração que nos estamos vivendo aqui  hoje, mas a alma que habita esse corpo já esteve aqui muitas vezes e já viveu muitas experiências. E as  experiências que foram integradas estão gravadas por isso que algumas entidades estão prontas para o  brahmacharya, por exemplo. Isso não é repressão, é verdadeiro porque ela já viveu essa experiência em  algum momento da sua jornada evolutiva. Esse é um ponto.

O segundo ponto é que a graça divina pode tudo. Ela pode fazer você saltar vários estágios. Se você tem  merecimento, o mestre segura o seu karma com ele e você avança muitos estágios num toque. Por isso  que, num determinado estágio de evolução espiritual, o mais importante elemento é a conexão com o  mestre. O mestre é tudo. Tudo que você precisa ele te dá.

Eu falo por experiência. Falando sobre esse corpo: se esse corpo fosse seguir o ciclo natural de evolução

eu ficaria aqui por algumas encarnações mais. Mas, Maharaj ji me tirou de onde eu estava e me colocou  aqui. É claro que isso só acontece se o discípulo tem essa possibilidade. O mestre pode iluminar o  discípulo, mas imagine uma lâmpada de 100 watts recebendo uma carga de 1000. A carga tem que ser  dada aos poucos. Eu não vejo coisa mais bela no mundo do que isso. Eu sou completamente encantado  com o meu guru. Eu sou uma amante incondicional. Eu vejo a maestria dele e acho maravilhoso. Com  uma palavra, pronto, ele leva o karma embora. Da forma mais simples, conversando coisas triviais.  

A instrução mudou no decorrer do tempo. Maharaj ji nunca me deu instruções como eu dou para vocês.

Ele sempre me deu poucas instruções. Ele perguntava “o que você comeu hoje?” ou “o que você come  no Brasil?”; “quais são os vegetais que tem lá?”. De repente, do nada, ele fala algo que transforma tudo.

De repente ele está dormindo, roncando e abre os olhos, me chama e põe a mão na minha cabeça e  diz: “Agora você vai levar a mensagem de Sachcha para o mundo inteiro”. Noutro dia estávamos falando  sobre trivialidades de repente ele disse que não importa a quantidade de discípulos, o que importa é a  qualidade. Os discípulos tem que estar comprometidos com o sadhana. É assim que ele trabalha. As  vezes estamos falando de dinheiro e ele diz: “Consiga algum dinheiro para mim Prem Baba, porque eu  tenho que fazer um Maha Yajña”. “Daqui a pouco isso tudo não é nada. Esse mundo é muito bonito, mas  não se meta com ele porque ele te pega”. É assim que ele trabalha comigo. Numa palavra ele me salva.

Eu faço mesmo com você, só que não pergunto o que você comeu hoje (risos), eu falo sobre tantra,  sobre a purificação da personalidade… E, em determinado momento, eu te pego. Isso é só um jogo, um  jogo divino. É Deus que te pega quando você se move em direção a ele. As palavras são somente um  jogo. Eu quero apenas despertar o seu interesse para que você se mova até Deus.

Pergunta: Dentro da questão do casamento, é importante casar na igreja?

Prem Baba: Isso é com cada um, dependendo o contexto do karma.

Eu estou trabalhando para que você deixe de querer se casar. (risos) Eu trabalho para que você queira  se casar com Deus. Eu só falo a verdade. Você tem que acabar com essa “caretisse” de casamento.

Você tem que ser feliz, isso sim. O nome do curso é “como ser feliz”. Dentro do processo evolutivo você  passa pela experiência da união com o outro, mas não faça disso uma jaula. Não se esqueça que o  mais importante de tudo é a liberdade, é o seu caminho em direção a Deus porque onde você mais se  distrai é nos relacionamentos. É onde você desenvolve mais apego e escravidão. Se você entende esse   relacionamento como material de escola para poder fazer essa purificação que eu descrevi hoje em  detalhes, então, ok. Mas, se está entrando numa relação para alimentar uma fantasia infantil do príncipe  encantado ou da princesa encantada, você precisa saber que em algum momento vai se iludir. 

Se você  se aproximar de mim, você vai se desiludir. Eu não quero te enganar. Eu vou tirar todas as suas ilusões.

Eu quero que você olhe a vida objetivamente e a veja como ela é. Eu quero remover todas as suas  fantasias e crenças. Todo o conhecimento emprestado. Eu represento o fim da sua fantasia porque a  iluminação é o fim da imaginação. Ela é o fim da fantasia.

Pergunta: O que é ego?

Prem Baba: É a idéia de “eu” e “meu”?

Pergunta:Como fica a questão dos filhos? O casamento deixa de existir e os filhos ficam com a mãe.

No meu caso eu assumi a total responsabilidade dos filhos porque o pai não tem condições de cuidar da  criança.

Prem Baba: Entenda as minhas palavras: eu estou dizendo que é o fim do casamento criado pelo  sistema. Esse casamento que tem base no medo da escassez. Existe um casamento da nova era. Eu  dei um satsang inteiro falando sobre o casamento da nova era na última temporada. Esse casamento  é obviamente uma união com base no coração, onde existe transparência, intimidade, ou seja, é esse

encontro onde há consciência da verdade e do amor. O filho tem que nascer desse encontro de amor.

É assim que vamos poder ressignificar a nossa sociedade. Mas, os filhos que não nasceram do amor,  precisam ser cuidados. Cada casal é responsável pelas suas relações. Você tem que dar conta do que  fez. Isso se transforma também numa escola de amor. Mesmo que o filho não tenha nascido do amor, ele  é uma chance você abrir o coração e aprender a amar.

Como eu disse num dos últimos satsangs, quando falei a respeito do valor da amizade, quando você  descobre que esse casamento foi baseado no medo e não no amor e existe a necessidade de uma  separação, é importante resgatar a amizade. Essa amizade é importante para a educação da criança que  nasceu dessa união. Quando eu falei que estou trabalhando para acabar com a fantasia do casamento,  isso tem vários desdobramentos. 

Primeiro eu quero acabar com o casamento de mentira que é baseado  no medo. Então eu vou dar força para você que precisa da experiência do encontro para viver um  casamento que é baseado no amor. Mas, entenda que isso é um estágio. Não sei se nessa vida ou na  próxima, mas em algum momento, você vai acabar sozinho, mesmo tendo alguém do seu lado. Maharaj ji  as vezes fala diretamente assim: “Você não se casa, você fica só comigo!”. Eu sou mais sutil. (risos)

Que pouco a pouco o masculino e o feminino possam se encontrar dentro de você.

Até o nosso próximo encontro.

NAMASTE





                DA LUXÚRIA A DEUS             
                   Pesquisa realizada por Vipassana                   

Há três níveis de sexo e pretendo falar sobre eles agora.

O primeiro nível de sexo é o grosseiro. Por exemplo, um homem que vai a uma prostituta. A experiência que ele obtém lá, não pode ser mais profunda do que a experiência física. Uma prostituta pode vender seu corpo, mas não seu coração e, certamente, não existe nenhum meio de se vender a alma.

Nesse nível, os corpos se encontram – como num estupro. Num estupro, não há encontro de corações ou almas; o estupro acontece apenas no nível físico. Não existe jeito de violar uma alma; a experiência do estupro é unicamente física.
A experiência primária de sexo é no nível fisiológico, mas aqueles que se detêm nele não chegam nunca à completa experiência do sexo. Eles não podem nunca conhecer as profundezas sobre as quais tenho falado. Atualmente, muitas pessoas estão estacionadas no nível físico.

Em relação a isso, é importante saber que em países onde os casamentos acontecem sem amor, o sexo fica estagnado no nível físico. Nunca pode progredir além disso. Esses casamentos podem ser de dois corpos, mas nunca de duas almas. O amor só pode existir entre duas almas. O casamento pode ter um significado mais profundo se ele acontece por amor, mas os casamentos que acontecem em função dos cálculos dos eruditos orientais e dos astrólogos, ou a partir das considerações de casta ou de credo ou de dinheiro, nunca podem ir mais fundo do que o nível físico.

Em tais casamentos, o sexo entre marido e mulher não toca as camadas mais profundas; torna-se meramente uma rotina mecânica. O ato é simplesmente repetido com freqüência e torna-se viciado; nada mais acontece, e então os participantes tornam-se cada vez mais entediados. Há muito pouca diferença entre ir a uma prostituta e se casar sem amor. Você compra uma prostituta por uma noite, enquanto adquire uma esposa pela vida inteira; essa é a única diferença. Quando não há amor, uma compra está sendo feita – ou você está contratando uma mulher por uma noite ou está fazendo arranjos vitalícios. É claro que por causa da associação diária, um tipo de relacionamento acontece – e chamamos isso de amor. Isso não é amor; amor é uma outra coisa completamente diferente. Esses casamentos são simplesmente do corpo, e então o relacionamento nunca pode ir além do físico.

Outro nível é o psicológico – da mente, do coração. O casamento de pessoas que se apaixonam e então se casam vai um pouco mais adiante, é um pouco mais profundo do que os casamentos no nível físico. Eles chegam ao coração; chegam à profundidade psicológica, mas por causa da monotonia retrocedem para o nível físico a cada dia. A instituição do casamento que se desenvolveu no Ocidente nestes últimos duzentos anos está nesse nível. E devido a isso, suas sociedades são disjuntas e devassas.

A razão disso é que não se pode confiar na mente. Hoje a mente deseja uma coisa; amanhã pedirá outra. Ela quer uma coisa de manhã e uma outra à noite. O que ela sente agora é totalmente diferente do que sentiu alguns momentos atrás.
(...)
A mente é muito mutável e, dessa forma, as sociedades que querem estabilizar a vida familiar, não permitem que os casamentos atinjam o nível psicológico, elas se esforçam para deter o casamento no nível físico.

A estabilidade é possível no nível físico, mas no psicológico é muito difícil. A experiência sexual é mais profunda e mais sutil no nível mental e, por conseguinte, a experiência no Ocidente tem sido mais profunda do que no Oriente. Os psicólogos do Ocidente, de Freud a Jung, têm escrito sobre este segundo estágio do sexo, sobre o nível psicológico.

Mas o sexo sobre o qual estou falando é do terceiro nível, o qual até agora, não foi compreendido no Oriente nem no Ocidente. Esse terceiro nível de sexo é o nível espiritual.

Como o corpo fica inerte, há um tipo de estabilidade no nível físico. Há também um tipo de estabilidade no nível espiritual, porque não há nenhuma mudança nesse nível: nele, tudo é calmo; nele, tudo é eterno. Entre esses dois estágios, existe o nível psicológico. Ele é inconstante, como a memória.

Um homem e uma mulher que conseguem se encontrar no nível espiritual, que conseguem se unir espiritualmente – ainda que uma vez – sentem que se uniram pela eternidade. Há uma fluidez profunda; a atemporalidade e o êxtase puro são o dote do casamento.
(...)
O relacionamento entre marido e mulher é o início de uma jornada e não o fim. E lembre-se: é por ser uma jornada, que maridos e esposas estão sempre num estado de tensão. Uma jornada é sempre cansativa; a paz só é encontrada na chegada. Maridos e esposas nunca estão calmos, porque estão sempre a caminho, sempre na estrada – e a maior parte das pessoas perecem no caminho, nunca chegam à meta. Por causa disso, há sempre um estado de conflito entre maridos e esposas; há uma luta constante. E é isso o que chamamos de “amor”.

Infelizmente, nem o marido nem a mulher compreendem a causa real da tensão, da luta. Cada um pensa que escolheu o parceiro errado. O marido pensa que tudo seria melhor se tivesse se casado com outra mulher, a esposa pensa que tudo provavelmente estaria bem se tivesse se casado com outro homem. Quero lhes dizer que essa é a experiência de todos os casais do mundo. Se lhes derem a chance de mudar de parceiro, a situação não mudará nem um pouco. Será a mesma coisa que mudar de ombro quando se está carregando um caixão para o cemitério: você se sente aliviado por um tempo, então, nota que o peso novamente se tornou o mesmo. A experiência no Ocidente, onde o divórcio é desenfreado, é que a nova esposa, em pouco tempo, mostra-se exatamente como a anterior – e em duas semanas, o novo marido também acaba sendo igual ao primeiro. A razão não pode ser encontrada na superfície, mas num nível mais profundo. A razão não tem nada a ver com o indivíduo, com o homem ou a mulher; a razão é que o casamento é uma jornada, um processo. O casamento não é o alvo, não é o objetivo.

Outro amigo me enviou uma mensagem dizendo que nenhum santo ou guru fala sobre sexo. Escreveu que a alta estima que tinha por mim, diminuiu por causa das minhas palestras sobre sexo. (...) Gostaria de dizer a ele que não há razão nenhuma para ficar desapontado comigo. Antes de mais nada, se você alguma vez me respeitou, isso foi um erro seu. Por que teve necessidade de me honrar? Qual foi o seu motivo? Quando eu pedi o seu respeito? Se você me tinha respeito, esse erro foi seu; se não está mais tão a meu favor, esse privilégio é seu.
(...)
Não sou nenhum mahatma, nem estou disposto a ser um. Se eu tivesse o mais leve desejo de me tornar um mahatma ou um guru, nunca teria selecionado este assunto, em primeiro lugar. Um homem não pode jamais se tornar um mahatma se não for muito sagaz na seleção dos tópicos para suas palestras. Eu nunca fui um mahatma, não sou um mahatma e certamente não quero tornar-me um mahatma – esse desejo em si é uma projeção de um ego sutil, refinado. Sou um homem, e isso é suficientemente bom para mim. Não é suficiente ser apenas um homem? Um homem não pode ser feliz sem estar sendo carregado nos ombros de outros homens, sem se impor aos outros, sem adquirir poder de uma forma ou de outra? Um homem não pode ser feliz simplesmente sendo um homem? Seja qual for a posição na qual me encontro estou feliz e satisfeito.
(...)
Pelo menos uma pessoa está desiludida; pelo menos um homem ficou sabendo que eu não sou um grande homem. É um grande alívio a desilusão desse homem. Ele escreveu para me tentar com o mahatmatismo; ele disse que eu poderia me tornar um grande guru se parasse de falar sobre tais assuntos. Até agora, os mahatmas e gurus têm sido enganados por tais abordagens e, como resultado, essas grandes, mas frágeis, pessoas não falaram sobre assuntos que poderiam se tornar desastrosos para suas condições de gurus e de mahatmas. Na preocupação de salvar seus próprios tronos, nunca se importaram com quantas pessoas estavam influenciando danosamente.

Não estou interessado em nenhum alto pedestal. Não sonho com isso, nem tenho essa intenção. (...) Confio e acredito que o que temos falado os conduzirá ao caminho apropriado para quebrar aquelas barreiras que se erguem no curso da evolução de um homem autêntico. Um caminho é visível; a transformação gradual da sua luxúria é possível. Seu sexo pode tornar-se seu samadhi.
Agora, como você é hoje, você é a sua luxúria; não é a sua alma. Vocês também podem tornar-se almas, mas só pela transformação gradual da sexualidade. Só então a jornada para Deus poderá começar.
(...)
Eu disse que vocês devem se esforçar por uma contínua conscientização do vislumbre do samadhi durante o coito. Vocês devem tentar apoderar-se desse ponto, esse vislumbre do samadhi, o qual lampeja como um relâmpago no meio da relação sexual, o qual cintila por um segundo como um fogo-fátuo e, então, se desvanece. O esforço deve ser para conhecê-lo, para familiarizar-se com ele, para mantê-lo. Se você puder fazer esse contato plenamente, pelo menos uma vez, nesse momento você saberá que não é um corpo, que vocês são incorpóreos. Por essa fração de tempo você não é um corpo; nesse momento você é transformado em outra coisa: o corpo é deixado para trás e você se torna a alma, o eu real. Se tiver um vislumbre dessa glória, pelo menos uma vez, você poderá persegui-la, através de dhyana, meditação, e estabelecer um relacionamento profundo e permanente com ela. Então, o caminho para o samadhi será seu. E quando isso se tornar parte de seu entendimento, parte de seu conhecimento e de sua vida, não haverá mais espaço para a luxúria.
(...)
Nós fomos procriados irreligiosamente. Recebemos a pena da irreligiosidade desde o nascimento e morremos na irreligião. E no intervalo, da manhã à noite, do nascimento à morte, durante toda a extensão de nossas vidas, falamos e falamos sobre religião. Nesse homem superior, não haverá palavras inúteis ou discussões vazias sobre religião, porque a religião será seu modo de viver. Falamos sobre coisas que não fazem parte de nossas vidas, e não falamos sobre as coisas que fazem parte. Não falamos sobre sexo, porque ele é o nosso modo de viver, mas fracassamos falando sobre Deus. Na verdade, mantemo-nos satisfeitos falando sobre coisas que não podemos atingir nem obter.
(...)
Um sexo espiritual pode surgir. Uma nova vida para a humanidade pode começar. Durante os últimos quatro dias, falei a vocês sobre a possibilidade de se chegar a um novo nível de existência espiritual. Vocês ouviram minhas palestras pacientemente e com muito amor, embora ouvir tais discursos tranqüilamente deva ter sido difícil; vocês devem ter se sentido embaraçados algumas vezes.
(...)
Um amigo veio me ver e expressou seu medo de que alguns homens, sentindo que tal assunto não deveria ser comentado, pudessem se levantar e provocar um clamor para as palestras pararem. Ele sentia que algumas pessoas poderiam protestar intensa e ruidosamente contra a discussão de tal tópico em público. Eu disse a ele que o mundo seria melhor se houvesse pessoas tão corajosas ao redor. Onde você encontrará um homem tão corajoso a ponto de se levantar diante de uma reunião pública e pedir ao orador que pare seu discurso? Se uma pessoa tão corajosa existisse neste país, então, as palestras loquazes e absurdas pronunciadas das altas plataformas, por uma longa série de homens tolos, teriam cessado há muito tempo atrás. Mas não cessaram ainda e nunca cessarão. O tempo todo estive esperando por algum homem corajoso que se levantasse e me pedisse para interromper minhas palestras. Então, eu poderia discutir o assunto com ele em detalhes. Teria sido uma fonte de grande prazer para mim.
Assim, mesmo tais palestras sobre tal tópico – a despeito de muitos amigos terem ficado com medo de que alguém pudesse se levantar para protestar, de que alguém pudesse criar pandemônio aqui –, vocês ouviram silenciosamente. Todos vocês são muito amáveis. Estou grato pela paciente e pacífica atenção que tiveram.
Concluindo, do fundo do meu coração, desejo que a luxúria interior de cada um de nós possa tornar-se uma escada pela qual se possa chegar ao templo do amor; que o sexo dentro de cada um de nós possa tornar-se um veículo para a supraconsciência.
E, finalmente, inclino-me diante do Supremo que reina em todos nós.
Por favor, aceitem meus respeitos.
OSHO, Do Sexo à Supraconsciência, # 5

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Pessoas inseguras podem ter muita sede de sexo

por Rosemeire Zago
Sete Pecados Capitais - Luxúria
Viver em função da aparência demonstra não gostar de você como você é. Então, busca-se compensar essa falta de confiança na supervalorização do belo, do corpo, tanto no outro como em você

Irei falar sobre a luxúria neste sexto artigo da série 'Os Sete Pecados Capitais': gula, soberba, luxúria, avareza, preguiça, ira e inveja.
A luxúria representa o desejo desordenado pelos prazeres sexuais. Pode ser definida como uma impulsividade desenfreada, um prazer pelo excesso, tendo também conotações sexuais. Opõe-se à propagação da espécie, sendo consumado apenas para satisfazer as próprias necessidades.

Segundo São Tomás de Aquino, a luxúria refere-se aos prazeres sensuais, onde ele lembra que tanto a comida quanto a relação sexual têm como finalidade a conservação da vida e, desde que utilizadas para esse fim, não são consideradas pecado. Na cultura cristã o sexo sempre esteve associado ao pecado, a algo sujo e mau, mas aceito em nome da procriação ou do amor, apesar de que em nossos dias o sexo ainda provoque muita culpa, em especial nas mulheres.

Porém, na época das cavernas, e por muito tempo depois, o que ligava homens e mulheres era o desejo físico, indiscriminado e passageiro, como se observa hoje nos animais, e infelizmente, em alguns homens. A associação estabelecida entre amor e sexo vem da necessidade cultural de "purificar" o sexo. Criou-se então o amor romântico, aquele sentimento nobre e elevado que uniria um homem e uma mulher.
A origem desse pecado capital pode ser intensificado e reforçado na infância, quando pais reprimem as crianças de todo e qualquer impulso sexual. Esses pais geram através da repressão muita culpa e criam assim adultos reprimidos sexualmente ou liberados em excesso.
Do ponto de vista psíquico a grande diferença que a mulher estabelece entre sexo, amor e intimidade e, a pouca importância que os homens tendem a dar aos dois últimos, é fonte de muitos conflitos nos relacionamentos.
Uma das causas da busca incessante por sexo, aparência e estética, tem origem na própria sociedade, na mídia, que vende a ideia que feliz é quem tem a beleza semelhante a da modelo da capa da revista.
Esse culto pelo belo, pela estética e o prazer geram muita angústia e insatisfação, quase sempre refletida na preocupação excessiva com o próprio físico, principalmente para quem está longe dos moldes ditados.
Na publicidade a imagem de um homem bem-sucedido é sempre associada à fama, poder, dinheiro e belas mulheres. Isso mesmo, no plural. O homem desde pequeno é incentivado a ir à caça, a não se "prender" apenas a uma mulher, mas a ter muitas, como se isso demonstrasse seu poder e sua capacidade sexual. Nas rodas de amigos faz questão de contar suas peripécias sexuais, onde ninguém tem certeza do limite entre a realidade e a fantasia.
O sexo descompromissado e causal é muito mais procurado pelos homens, isso não quer dizer que muitas mulheres também não o procurem. Mas os homens em geral, não só separam muito bem o sexo do amor, como até fogem do amor, da intimidade e do compromisso. A razão destes comportamentos pode favorecer a compulsão pelo sexo, explicada em muitos casos pelo medo que os homens têm do envolvimento e da intimidade que esse amor acarreta e que vem literalmente do berço. Ou seja, da relação que mantiveram com suas mães e da forma mais ou menos traumática pela qual foram obrigados a se separar delas.
É evidente, que todo esse comportamento denota uma necessidade de defesa e proteção que oculta seu desejo maior: ser cuidado e acima de tudo amado. Porém, o medo da rejeição muitas vezes o impede de assumir tal necessidade. A pessoa foge da intimidade e se defende na busca pelo sexo excessivo, que se torna sua única fonte de prazer.
Mas se a vontade obedece apenas ao prazer, a pessoa começa a buscar apenas o que lhe dá satisfação, poderá ocorrer sérios conflitos internos, pois quanto maior o apego ao material, ao físico, ao externo; menor será a busca pelos valores espirituais. Assim se afasta cada vez mais dos valores internos. Na verdade, a luxúria desvirtua a sensualidade e deforma o amor, tornando o apetite sexual insaciável.
Luxúria no trabalho
Nas empresas este pecado pode ser identificado pelo assédio sexual: em nome da posição hierárquica "desfruto do poder de dominar" Aparece com isso a grande dificuldade de relacionamento entre homens e mulheres nos ambientes organizacionais, reforçando heranças culturais arraigadas bem como dificuldades emocionais de expressar a afetividade de forma saudável. No trabalho, a luxúria ainda pode ser percebida pela vontade de ter tudo para si, evidenciando um líder que não democratiza a maior riqueza de uma empresa e de seus colaboradores: o conhecimento.
Ou seja, o líder faz de tudo para deter o conhecimento e as informações da empresa e do mercado por medo de perder o controle da situação, medo de ver algum membro de sua equipe com capacidade e competência maior do que a sua. É típico, por exemplo, no líder que recebe os informativos e não repassa para a equipe ou que faz assinaturas de revistas para o departamento, mas somente ele as lê.
Normalmente este tipo de líder não apura e não tem capacidade e competência técnica, preocupando-se somente em fazer com que outros membros não tenham acesso ao conhecimento o que, na sua cabeça, colocaria em risco a sua posição. Com isso, a equipe nota rapidamente este comportamento detentor do líder o que faz com que ele perca rapidamente a confiança da equipe. Nos fracassos, a equipe tende a culpar o líder por não fornecer as informações e conhecimentos importantes e necessários.
Luxúria e insegurança
A luxúria demonstra uma grande insegurança e sobrepõe-se de tal modo que transforma a natural necessidade de amar e ser amado, em uma necessidade compulsiva e patológica de satisfação, geralmente uma busca pela satisfação imediata.
Podemos encontrar muitas pessoas com "máscaras de bonzinho" para seduzir, conquistar, simplesmente para conseguir o que querem e, depois de satisfeitos, vão embora. Vivem em função da aparência, o que mostra uma pessoa que não consegue gostar de si como é, buscando compensar sua falta de confiança, supervalorizando o belo, o corpo, tanto no outro como em si.
O autoconhecimento e em consequência o crescimento emocional podem levar a um grau de auto-aceitação e autoestima capazes de restabelecer a capacidade de amar aos outros, e principalmente, a si mesmo.

http://www2.uol.com.br/vyaestelar/luxuria.htm

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O Ego da Luxúria

Tradução adaptada do Livro
Teoria Y Prática de La Psicologia Gnóstica
de Ernesto Baron L. 
  
Porque se fala que é o pior ego de todos?

Porque leva a maior potencialidade das energias que se extrai do ser humano. é a besta principal. Foi chamada pelos antigos de "Árvore" que fez com que o homem se contaminasse, caísse.
Foi o fruto proíbido e, atualmente, se disfarça com aquilo que chamamos de amor. Então dizemos: "Eu te amo", mas quem está falando é a luxúria, não o amor. Ela é a número um de todas as bestas conhecidas.
Se compreendermos o sexo como ele deve ser, a luxúria terá que desaparecer. Se compreendermos o sexo superficialmente, praticando-se somente pelo desejo, então a luxúria estará escondida, esperando o momento mais indicado para manifestar-se.

É preciso que esteja bem claro de: o que é desejo e o que é o sexo. É importantíssimo. Todavia, sexo mal canalizado, isto é, levado somente pelo desejo, ou do prazer pelo prazer, ou da paixão, imediatamente traz a manisfetação da luxúria.

Eis o porquê dos erros: querendo rapidamente avançar, se tropeça e cai e se fracassa, porque as chaves para desintegrar a luxúria ou fortalecê-la, estão no conhecimento ou na falta dele. Pois o sexo, quando não se trabalha com consciência, não poderá, jamais, desintegrar a luxúria.

Por outro lado, reprimí-lo é outra forma de prolongar a existência da Luxúria, pois o desejo escondido alimenta a Luxúria e consomem nossas energias. A saída é entrar no sexo com consciência e com a presença do Observador. Toda essa explanação não é para que se pare de praticar, apenas porque alguém disse que está errado. Mas para que se identifique o erro e se estudem quais foram as causas que levaram a estar cometendo tal erro.

A Luxúria é fogo que devora. A consciência transforma-a dando lugar ao SER. Para transformar a Luxúria é necessário tê-la conhecido realmente, tê-la vivido, de tal maneira que possamos chegar à conclusão de que, definitivamente não serve mais. Não precisamos mais dos seus serviços.
Viver o sexo, não só por prazer e nem por paixão, mas por uma necessidade interior de trabalho, trabalhar com a sexologia para conseguir a realização pelo conhecimento. Conhecê-la para não mais estar pensando, desejando o sexo ou sempre olhando questões similares ao sexo.

De que servirá ter muita sabedoria ou nível de saber, se no campo prático existem perdas ou recaídas? É uma pessoa vazia. Por fora mostra alguma coisa e por dentro está vazia. Então, é importante refletir e olhar de uma vez o que é o "Eu da Luxúria" e começar a trabalhar com isso, para desintegrá-lo. Por que olho as mulheres assim? Ou vice versa. Será que por trás deste jeito de olhar existe alguma intenção, um pensamento? Cada um sabe.

Há que se ter muito cuidado, porque o ego se apropria muito sutilmente, de falas, gestos, pensamentos, olhares... e outros... para dominar e levar a pessoa a cair, e isso pode durar vidas.

Tudo começa de forma muito sincera, mas é preciso estar estar sempre observando por onde o ego entra, porque ainda não temos uma consciência que consegue estar muito tempo ativa.

Se o Homem estivesse consciente por mais tempo, seria diferente. Porque sempre estaria em seu nível de SER. Mas o Homem está sempre oscilando entre a essência e o ego.

Vamos explicar algumas facetas do que é este demônio.

Todas as manifestações da Luxúria são produtos da inconsciência. E então quando vem a fascinação e o sonho, leva a queda, seja por pensamentos, palavras ou atos.

EU ADULTÈRIO: O que deseja unir-se sexualmente a uma mulher, que não é sua esposa, ou vice-versa.

EU ALTURA: Que deseja unir-se com uma mulher bem alta, ou vice-versa.
EU AMIZADE: Homem ou mulher que através de uma relação chegam a ter afeto e ficam íntimos. Este afeto as vezes é mascarado com o fim de relacionar-se sexualmente.
EU ANILINGUS: Estimulação do ânus com a língua.

EU APROVEITADOR: Homem ou mulher que aproveita qualquer circunstância para satisfação sexual.

EU AUTO-EROTISMO: Auto-estimulação sexual: seja ela mental ou física. Isto se faz geralmente entre pessoas maduras quando as relações sexuais não existem.

EU DANÇARINO: Homem ou mulher que sente excitação através da dança sensual, com esta finalidade. Terrível agregado, muito desenvolvido nesta época. Ex. Nas casas noturnas diversas que existem hoje. Algumas até oferecem a possibilidade de se trabalhar o sexo, quando se tem consci&encia do trabalho.

EU BAIXINHO: 
Que deseja unir-se com uma mulher baixa, ou vice-versa.

EU BIGAMIA: Homem que se casa com duas mulheres.
EU BISEXUAL: Homem ou mulher que sente atração por ambos os sexos.
EU BRUXARIA: Prática de bruxaria com o fim de conseguir sexo.
EU BUCOFÁLICO: Mulher que sente prazer sexual em fazê-lo pela boca.
EU BUCOGENITAL: Quem sente prazer em ter relação sexual pela boca.
EU EXCITADOR: Se relaciona com a pessoa que procura a forma de excitar o sexo oposta e logo o despreza. Existem pessoas que o fazem por puro prazer.

EU CIUMENTO: Aumento excessivo do sentido de possessão sexual, que as vezes pode chegar à uma forma aguda, em uma espécie de loucura.

EU COMTEMPLATIVO: Homem ou mulher que só quer observar uma pessoa mesmo que não a leve a realizar o desejo, mas o deseja fortemente. Numa expressão mais vulgar: "comendo com os olhos".

COPROLALIA - EU CONVERSAS OBSENAS: Deriva do prazer sexual de conversar com uma pessoa do sexo oposto em linguagem obscena. Por exemplo: fazendo chamadas telefônicas (trotes)

EU PAQUERADOR: Mulher que gosta de chamar a atenção do homem. Geralmente se justifica falando: "é que eu sou assim" ou "eu me movimento assim" ou "por esta razão me sento assim" . Ela gosta de chamar a atenção e isso para ela é um prazer.
EU CURIOSIDADE: Homem ou mulher que gosta de observar seu próprio corpo, suas partes íntimas ou as das outras pessoas. Ou pessoas que gostam de estar analisando as partes íntimas do outro... e por exemplo... disfarçam, abrindo uma porta rapidamente, desculpando-se por te feito sem querer...

EU DIABO DA MEDICINA: Quem engana uma mulher com intenção curativa ou para ajudá-la "subir o fogo sagrado", por exemplo.

EU DOM JUAN: conquistador de mulheres, que tem necessidade de conquistar todas.
EU DROGADO: Quem ingere drogas com fim sexual.
EU ÉDIPO: Quando o filho se torna amante da sua mãe
EU ELÉCTRA: Quando a filha se torna amante de seu próprio pai.
EU ERÓTICO: Os que vivem obcecados por aspectos sexuais. Existem muitas formas de erotismo.O que vê sexo em tudo, por exemplo, associando as formas de objetos ao sexo, uma pintura... etc... idéia fixa em ver sexo em tudo.
EU EROTOFOBIA: A mulher que tem desejo sexual, mas que não realiza por repugnância ao homem, mesmo que o ame.
EU EROTOGRAFOMANÍANCO: Desejos de desenhar assuntos sexuais, provavelmente para substituir a atividade sexual.
EU EXIBICIONISTA: A mulher que sente prazer sexual mostrando suas partes íntimas como: pernas, glúteos, busto... etc.. o mesmo para o homem que sente prazer sexual em mostrar músculos, sexo, etc...
EU EXTRAVAGINAL: O homem que gosta de realizar o ato sexual por diferentes partes do corpo da mulher, menos pelo sexo.
EU FALSO PUDOR: Índivíduo não tem recato, veste-se de maneira que provoque excitação a si mesmo e aos demais.
EU FANTASIA SEXUAL: Todo tipo de imaginação erótica com freqüência. Ilusão da imaginação.
EU FETICISTA: Satisfação sexual com a posse de peças de roupas do outro.
EU FORNICARIO: Que realiza ato sexual com perda de energia
EU ESFREGADOR: Indíviduo que tem prazer sexual encostando suas partes íntimas em outras pessoas. isto acontece em lugares cheios, como ônibus e outros...

EU GALAN: Movimento e gesticulações do homem para atrair a mulher.

EU GIGOLÔ: Homem que vive de uma ou mais mulheres, fazendo-lhes favores sexuais ou sociais, como de dançar com elas por certa quantidade de dinheiro.
Muitos gigolôs trabalham como se fossem prostitutas, com contatos telefônicos, ou aproveitam seu trabalho como massagistas... etc...

EU GORDO: Quem deseja união sexual com pessoas obesas.
EU GRAFITI: Que faz desenhos sexuais, em lugares públicos (portas e paredes de banheiros)
EU IMAGINAÇÃO: Desejos obscenos em pensamentos
EU INCESTO: Homem e mulher que realizam ato sexual com parentes.
EU INFANTICIDA: quem pratica ato sexual com um menor e em seguida, assassina-o.
EU INFIDELIDADE: Falta lealdade do cônjuge.
EU LASCIVO: Paixão permanentemente sexual. Insatisfação no ato sexual.
EU LÉSBICO: Desejo e atividade sexual entre mulheres.
EU LIBIDINOSO: Pessoa sente excitação por suas formas mentais.
EU MASOQUISTA: Homem ou mulher que sente prazer sexual batendo-se em si mesmo ou em seu companheiro.
EU MASTURBADOR: Homem ou mulher que se proporciona prazer sexual por seus próprios meios manuais.
EU OLHADOR: Homem ou mulher que só sentem prazer em olhar outras pessoas no ato sexo, ou seu companheiro com outra pessoa.
EU MORBOSIDADE: Homem e mulher que usam palavras sujas. Contam estórias vulgares relacionados a sexo.
EU NARCISISMO: Quem se apaixona por seu próprio corpo
EU NECROFILIA: indivíduo que pratica ato sexual com cadáveres.
EU NINFOLEPSIA: inclinação possessiva por meninas de pouco idade. É outra forma de pedofilia
EU NINFOMANIA: insatisfação profunda ou fixação no desejo por mulher.

EU APAIXONADO: Afeto, veementemente, exagerado que nos leva através do desejo (com sofrimento) à fornicação.

EU PEDERASTIA: Paixão homossexua de um homem adulto por um jovem.
EU PEDOFILIA: Paixão sexual por crianças, seja homossexual ou heterossexual.
EU PIROMANIA: Obsessão erótica com o fogo.
EU PORNOSCOPIA: Pessoas que tem prazer sexual vendo filmes ou imagens pornográficas. Tem duas características: a dos filmes (de fora) e as aberrações da nossa imaginação.
EU PROSTITUIÇÃO: Homem ou mulher que realiza ato sexual por dinheiro.
EU PROVOCAÇÃO: Que provoca e excita o desejo do outro.
EU SADISMO: Prazer sexual que se obtem infligindo-se a dor física.
EU SATIRISMO: Quem gosta do ato sexual na força. É um estupro.
EU SENTIMENTAL: Expressa e provoca sentimentos meigos com fingimentos para excitar.
EU SEXICOMERCIAL: Homem ou mulher que realiza o ato sexual por dinheiro, fazendo disso uma profissão (Prostitutos e Prostitutas)
EU SEXI-GRANDE: Homens e mulheres que sentem orgulho de terem os órgão sexuais grande, e se excitam.
EU SODOMIA: Termo para designar sexo anal. Pode ser entre homens e entre um homem e mulher.
EU TABU SEXUAL: Este ego leva, por medo, a uma infinidade de atos fora do normal para a satisfação sexual.
EU TOCADOR: Homem ou mulher que se deleitam tocando qualquer parte do corpo do sexo oposto.
EU VAMPIRISMO: Erotismo ou ato sexual provocado por cheiro (sangue) ou através da força mental que pode levar à loucura erótica.
EU TRAVESTI: Tem relação com vestimenta, gosta de vestir roupa de outro sexo.
EU VIOLAÇÃO: Violência sexual - Homem que realiza o ato sexual a força.
EU ZOOFILIA: Ato sexual com animais.
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2 comentários:

  1. A forma profunda como esta pesquisa é apresentada, permite aos interessados em um estudo mais profundo, ter um excelente ponto de partida! Só me resta ser grato pela sua gentileza em organizar estes conteúdos e oferece-los para os buscadores! Grande abraço querida!

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    1. Muito Grata, Claudio
      ´Foi um grande estudo que fizemos e uma compilação de todas as publicações confiáveis que encontramos. Que bom que está ajudando. Namasté!

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